
Lenda da Campina
912 Av. Garrastazú Médice Moropia
Narrada por Dona Dina, tratava-se de certa mulher muito gorda eonhecida pelo apelido de “BaIaio de Campina”, que viera de muito longe à procura do seu marido de nome Barbosa, que Ihe abandonara há muitos anos. Após tantas peregrinações por essa busca, descobriu seu paradeiro em São José de Ribamar_ Porém, sua tristeza foi enorme quando soube que o mesmo já havia morrido e de que maneira estava transforrnado.
Indo ao local onde o puseram, o ódio tomou-lhe conta, fazendo o enorme cupinzeiro em diversos pedaços e logo em seguida espalhado pelo caminho até chegar à praia onde jogou o que restou do seu amado. Ao virar-se, viu um grande campo com muitas árvores. Lá fez sua moradia. Prostrava-se ao chão e chorava compu:sivamente, enquanto suas lágrimas penetravam profundamente a terra. C;eNO dia a encontraram morta. Sepultaram-na no meio do campo. Uma rude cruz marcava o !ocal com uma inscrição: “Aqui jaz Balaio de Campina”. Meses depois, um olho d’água nasceu de dentro da cova e pôs-se a correr em direção à Praia do Barbosa onde ocorreu uma grande explosão da união das duas águas, chamando atenção dos moradores locais.
Qual não foi o espanto dos moradores ao verem sobre o mar uma camada espessa de neblina formando a silhueta de um casal de mãos dadas caminhando para o além. Ficou confirmado em contos populares que o “Currupira”, senhor das matas, transformou em poço de água doce, os locais onde o “Balaio de Campina” chorava a morte de seu amado. Em época de escassez de chuvas, os moradores do Bairro Campina oravam e jogavam flores no mar para que o “Balaio de Campina” não deixassem os poços secarem. (MIRANDA, 2018).